domingo, 17 de maio de 2009

Um mapa mais realista do Brasil!!!


Um pouco de opinião:

O grande artista, Angeli, desenhou este novo mapa do Brasil.
Atualizem seus conhecimentos sobre nosso país.

Na verdade, isso é uma grande e inteligente crítica de Angeli sobre a situação caótica que está o nosso país, no que diz respeito à ética e à moralidade.

Damos muita importância para o que é econômico, como se essa fosse a única parte da realidade humana que poderia nos trazer uma certa felicidade e confiamos na política (a política profissional) como panaceia para todos os males de nossa sociedade.
Não é melhorando a vida financeira das pessoas que vamos melhorar a vida delas, até por que se as pessoas não aprendem a usar o pouco que ganham não saberiam usar o muito também, ou seja, se há hoje fraude, roubo do dinheiro público, jeitinho brasileiro (que deveria ser chamado de "vergonha brasileira") é por que as pessoas estão comprometidas com um sistema errado, desde a sua raiz, um sistema que trata seres humanos como coisas, não diferente das coisas que os próprios seres humanos consomem.
Tudo isso se apresenta desde uma simples conversa com uma guarda de transito, para se livrar de uma multa, até a construção de um castelo com dinheiro roubado dos cofres públicos!!! Se vocês não percebem isso, terão que mudar sua forma de pensar sobre algumas coisas, pois a mesma pessoa que dá o dinheiro da cervejinha para um guarda de trânsito é a mesma responsável por eleger um dono de castelo!!!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dia Nacional de denúncia contra o racismo



Dia Nacional de denúncia contra o racismo

Somos sim:
lascas de suor,
cortes de chicotes,
cheiro de fogão
entradas de serviço.
Precisamos fazer algo sim
para que ao invés
do paternalismo brutal
da gentil princesinha
haja a liberdade
de podermos realmente
abrir a porta desta senzala
para fazer a festa da cor real
do som dos atabaques
de danças e corpos
que rasgarão a noite,
os tempos
no verdadeiro
canto da ABOLIÇÃO
que ainda não houve.

Por: José Carlos Limeira

Marx.:

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Dia da Luta do Trabalhador



Hoje é 1° de maio, dito dia do trabalho, para alguns, apenas mais um feriado, um dia para ir à praia ou beber com os amigos. Hoje em Maceió esta chovendo muito, praia nem pensar e beber talvez só mais tarde.
Bom, queria fazer uma reflexões sobre o trabalho, queria refletir sobre e exploração do mesmo.
Adoro fotografia, e esta fotografia é de um grande cara, um fotografo chamado Sebastião Salgado, ele aborda muitas temáticas sociais, é um cara de quem vale a pena conhecer o trabalho. O seu talento é mostrar através das lentes da câmera uma realidade que nossos olhos nem sempre percebem, por que muitas vezes estamos na praia e outras vezes estamos bebendo com os amigos.
A foto retrata um confronto que houve entre a polícia e garimpeiros, retrata o coragem de um garimpeiro enfrentando de peito aberto o rifle de um policial. Muita coragem. Pena que a foto não conta o resto da historia deste camarada garimpeiro, mas ela separa e salva um segundo da historia do homem para toda a eternidade e nos permite revê-lo inúmeras vezes. E pensar sobre isso inúmeras vezes mais!!!

Gostaria que você que observa a foto comentasse sobre suas impressões, sobre o que você sente ao vela!!!

Convido também vocês a conhecerem a obra de Sebastião Salgado, abraços.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Para que serve a filosofia?

Para que serve a filosofia? : Uma crônica em sala de aula

Por Arthur Meucci

Primeira aula do ano letivo. Uma classe repleta de adolescentes cursando o primeiro ano do ensino médio. Vários seres sentados, conversando, esperando o professor se manifestar. O mestre se levanta. Coloca seu nome na lousa, a data, e o nome da matéria: Filosofia. Os alunos cochicham entre si. Um deles, mais desinibido, pergunta: “Professor, o que é filosofia?”. O professor sorri. Aproveitará a deixa do aluno para iniciar o seu curso.

Esse professor, um sábio experiente, não começará sua aula como a maioria de seus outros colegas. Deixará o texto da Marilena Chauí, da Maria Graça Aranha ou de Karl Jasper ,sobre o conceito de filosofia, de lado. Já aprendeu com a práxis docente que esta tática não funciona. Filósofos contemporâneos, falando sobre filosofia, deslegitimam mais do que ajudam. Assim como os pensadores clássicos ele vai direto ao ponto. “A filosofia é um saber que tem como pretensão uma postura crítica frente a realidade que o cerca. É um conhecimento que tenta satisfazer anseios subjetivos em relação a própria existência e sua relação com o mundo”. Receoso com o esquecimento de sua explicação o professor fala e ao mesmo tempo escreve o que é dito no quadro.

Os alunos ouvem e lêem em silêncio. Trocam olhares. Tentam entender palavras tão difíceis. Antes que eles percam o interesse e iniciem a bagunça o mestre, munido de seu habitus professoral, começa a explicar o sentido do conceito. Explica ainda que a filosofia, para efeito didático, foi dividida em três grandes áreas. O conhecimento e sua possibilidade, a ética (estudo sobre a ação) e a estética ou juízo (estudo sobre o valor). Evidencia que as reflexões sobre como “conhecemos” o mundo, como devemos “agir” ou como “avaliamos” as coisas são questões cruciais. Porém, não há interesse de muitos ramos do saber sobre essas questões. Não se espera que a matemática, a física, a biologia ou língua portuguesa tratem destes temas.

Após tal explicação um terço da classe está ganha. Há ainda dois terços que olham desconfiados. O bagunceiro, no intuito de aparecer, exibe-se à classe questionando, de maneira jocosa, o professor. Em seu íntimo ele é tomado pela inveja da posição central das atenções, ocupada pelo filósofo. Preso na caverna moldada pelo social, onde lá se deve pensar a vida em termos de lucro e benefícios imediatos, elabora uma pergunta com intenções sádicas para comprometer seu novo mestre. Em meio ao seu turbilhão de afetos ele indaga: “Professor, para que serve a filosofia? A matemática a gente usa pra contar dinheiro e tals. Na física estudamos movimento, velocidade, e é importante para o vestibular. Português ensina a ler e escrever. E esta coisa, para que serve? Dizem que só tem perguntas e mais perguntas. E, além disso, não tem respostas. Me parece que a filosofia e você não servem pra nada”.

Nesse instante ele gratifica seus desejos. A classe olha para ele. Há risos. Apoios. Seus sentimentos de carência e de inferioridade fálica (jargão psicanalítico) foram acalmados pelos olhares e risos de todos.

O sábio professor não perde a calma. Espera todos rirem e se aquietarem. Ele deixa o aluno se satisfazer e não o adverte, naquele dia, pelos palavrões utilizados em sua manifestação. Palavras essas censuradas pelo editor. O mestre se recorda de Paulo Freire, “O educador deve amar seu aluno”, apesar de no fundo ser um típico marxista e enxergar no aluno um “projeto de gente” que ocupa uma classe social que é sua inimiga. Neste momento ele amaldiçoou, no seu íntimo, a ineficiência de seu sindicato. Para satisfazer as inquietações ele responde ao aluno. Para tanto ele clama auxílio aos pensadores gregos, pais da filosofia ocidental.

Ele diz que a questão central da filosofia, levantada pelos gregos nos primórdios da civilização, era responder uma “simples” pergunta: “Como viver uma boa vida?”. Outros formulavam da seguinte forma, “Qual a vida que vale a pena ser vivida?”. O conhecimento filosófico e científico só se justifica sobre este aspecto. O saber serve para o homem escolher qual a maneira que ele acha mais adequada para se viver. Os remédios surgiram para vivermos mais e com menos dores, a mecânica ajuda o homem a viver confortavelmente. Com a matemática administramos melhor o mundo ao nosso redor. A filosofia, pai do saber, preocupa-se em responder como devemos proceder, com tanto conhecimento, para se viver da melhor maneira possível. Se há uma função primeira da filosofia é esta.

Aproveitando o ânimo dos alunos, o professor engata a segunda parte da resposta. Deixa claro que a filosofia, tendo como função formar sujeitos críticos que escolham, eles mesmos, qual a melhor maneira de conduzir a vida, não consegue ter respostas prontas para todos os casos. Será que existe uma única resposta para perguntas como “qual o melhor emprego para se ter?”, “qual, dentre as mulheres, é a melhor para se casar?”, “qual o melhor estilo musical para se ouvir?”. Dentre inúmeras possibilidades de se aposentar, “qual seria a melhor opção?”. Existiria um gabarito pronto para a vida? Ou então, uma fórmula para resolver todos estes problemas?

Nesse momento ele questiona. Se o aluno achar que existe repostas certas e válidas para todos os homens de como se deve viver, então a filosofia não tem serventia. O mais sábio a se fazer é seguir os pais, a televisão, ou o que os amigos mandam fazer. Caso contrário, é preciso pensar sobre a existência. Utilizar a filosofia como instrumento para se tornar um sujeito. Deixar de ser objeto dos outros. É utilizar tais conhecimentos para se viver a boa vida.

Ao término de sua explicação o professor conquista 80% dos alunos. Todos admirados pelas possibilidades apresentadas. O jocoso se encontra num conflito entre a presente alegria da resposta e a dor da castração simbólica de seu pequeno órgão. Vitória. Mas e os outros 20%? O sábio mestre não se deixa incomodar. Sabe que dentre eles há os semi-alfabetizados, os drogados e os trabalhadores braçais que utilizam a escola para dormir. Como filósofo virtuoso ele sabe que o mundo, por mais que ele se esforce, jamais será como ele realmente quer. Por isso, não se angustia.

Do site: http://criticafilosofica.wordpress.com/2008/04/17/para-que-serve-a-filosofia-uma-cronica-em-sala-de-aula/

Olá para você que chega agora ao espaço Passos na Filosofia.

Como eu mesmo procurei e não achei, criei este blog com o objetivo de manter um contato maior com outras pessoas que gostam de filosofia, de temas de filosofia, pessoas que tenham duvidas e não conseguem um ambiente “virtual” apropriado para isso.Tambem pensei em incluir nas discussões temas de mitologia, poesias, músicas, filmes e tudo mais que possa ter uma leitura filosofica.

Pensei neste blog como uma "ágora virtual" (que viagem, né?!), ou seja, um espaço de liberdade e respeito nas discussões. Portanto, quero que este seja um espaço coletivo e sadio para todos os seus freqüentadores.

E desejo sinceramente que todos gostem dos resultados, pois conto com todos para o bom andamento do blog.

Abraços.

Obrigado!